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Wednesday, October 1, 2008

Área de recifes de corais em Abrolhos é duas vezes maior do que se pensava

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Pesquisadores que estudam os recifes de corais do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, a mais antiga reserva natural dos mares brasileiros, acreditavam conhecer bem a área, até que em 2000 pescadores locais avisaram que havia recifes profundos fora dos mapas.
Foram ver e encontraram novas terras submarinas: a área de recifes conhecida em Abrolhos dobrou e vem permitindo conhecer como aquele trecho do litoral se formou ao longo dos últimos milênios. "Essa descoberta casual gerou um projeto ambicioso", conta o biólogo Rodrigo Moura, coordenador do programa Marine Management Area Science da Conservação Internacional (CI) do Brasil.
Formado por cinco ilhotas de origem vulcânica a 70 quilômetros da costa no sul da Bahia, o parque abriga mais do que as baleias-jubarte, que atraem turistas entre julho e novembro.
Ali estão os chapeirões, estruturas em forma de cogumelo cujos topos às vezes se unem e formam colunatas por onde circulam barracudas, garoupas, moréias e pequenos peixes coloridos. Das 16 espécies de coral de Abrolhos, metade é exclusiva do Brasil, como o coral-cérebro (Mussismilia braziliensis), principal construtor de recifes na região.
O banco dos Abrolhos, maior conjunto de recifes do Atlântico Sul, é maior que os 900 quilômetros quadrados preservados. No total são 40 mil quilômetros quadrados, área semelhante à do Espírito Santo, que só agora começa a ser investigada a fundo.
O grupo de Moura explorou o fundo do mar ao longo de 100 quilômetros da costa – entre a foz do rio Jequitinhonha, sul da Bahia, e a do rio Doce, norte do Espírito Santo –, em 19 linhas que partiam do litoral mar adentro, até a queda da plataforma continental, onde a profundidade aumenta subitamente. "Percorrer cada uma dessas linhas demorava dois dias", lembra o geólogo Alex Bastos, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que participou de algumas expedições no barco equipado com um sonar que produzia imagens tridimensionais do fundo do oceano.
O geólogo da Ufes se surpreendeu por encontrar, a profundidades de até 50 metros, paleocanais formados há cerca de 15 mil anos, quando o que hoje é coberto por mar era terra. "Esses canais indicam por onde os rios passavam naquela época", explica. Como estão preservados, sugerem que o nível do mar subiu rapidamente na região.
O grupo selecionou pontos de destaque nas imagens do sonar e retornou com um robô capaz de filmar locais a que um mergulhador teria dificuldade de descer.
As imagens do robô mostraram corais-negros, típicos de águas profundas, pela primeira vez registrados na região, e algas calcáreas, com um esqueleto de carbonato de cálcio que lembra seixo.
Em setembro os pesquisadores pretendem usar o robô para investigar outras áreas dos recifes e mergulhar a 90 metros, a fim de verificar se há corais por ali. Paulo Sumida, oceanógrafo da Universidade de São Paulo (USP) que coordena a análise dos dados biológicos, deve instalar nos recifes câmeras que automaticamente registram uma imagem por hora, a fim de estudar a dinâmica da vida marinha ali. Embora o levantamento ecológico esteja no início, Rodrigo Moura e o biólogo Ronaldo Francini-Filho, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), já constataram que os recifes profundos abrigam uma biomassa de peixes com valor comercial 30 vezes maior do que os rasos.
Em artigo a ser publicado na Aquatic Conservation: Marine and Freshwater Ecosystems, eles compararam a população de peixes de recifes profundos e rasos – alguns protegidos e outros com acesso livre para pescadores. Viram que áreas com restrição à pesca são mais ricas em peixes carnívoros de grande porte, como a garoupa, em geral os primeiros a desaparecer das áreas de pesca, que demoram até 40 anos para chegar à idade adulta.
Com o escasseamento dos grandes carnívoros , os pescadores passam a capturar os herbívoros, como os budiões. O problema é que, sem budiões, as algas cobrem os recifes e os corais morrem. Hoje menos de 1% da área de Abrolhos está protegida. E não há planos de preservação dos recifes profundos. Segundo Francini-Filho, seria preciso preservar 20% de cada zona para manter a biodiversidade. As reservas marinhas beneficiam todos.
Como os limites só valem para as pessoas, a população de peixes aumenta rapidamente e muitos migram até 1.200 metros fora das reservas, de acordo com publicado on-line na Fisheries Research. Mesmo em áreas protegidas, parte dos corais de Abrolhos se encontra ameaçada. Francini-Filho constatou que uma bactéria – provavelmente do gênero Vibrio, que chegou a Abrolhos em 2005 – está matando sobretudo o coral-cérebro.
Os pesquisadores estimam que, se nada for feito, em cem anos só restarão 40% dos corais dessa espécie em Abrolhos. É uma estimativa otimista. Se a temperatura da água subir 1° Celsius por causa do aquecimento global, bastarão de 50 a 70 anos para extinguir os corais de Abrolhos. Com mais calor as bactérias proliferam mais depressa e surgem outros problemas como o branqueamento, decorrente da morte de microalgas que vivem no interior dos corais.
Conter o aquecimento global requer ação de todos os países, mas é possível reduzir o nível de bactérias com a coleta e o tratamento do esgoto das cidades costeiras.

Fonte: Revista Pesquisa fapesp.




Friday, August 15, 2008

Compensação Ambiental em Busca de Uma Norma no Brasil

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Compensação Ambiental - Bursca de Norma Brasileira
Programação Preliminar
Dia 28 de agosto (quinta-feira)
8h00 - Credenciamento
8h30 - Painel I - Conceito nacional e internacional de Compensação - a legislação brasileira sobre Compensação Ambiental - diagnósticos e prognósticos
Palestrante: Dr. Nelson Terra Barth - Presidente do INEAA - Instituto Nacional de Estudos Ambientais Avançados
Debatedores:
Dr. Fernando Tabet - Advogado, responsável pela área Ambiental da Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados.
Dra. Priscila Santos Artigas -
9h45 - Coffee break

10h00 - Painel II - Estudos de casos bem sucedidos de Compensação Ambiental no setor Industrial
Estudo de caso - Petrobras
11h00 - Painel III - O acórdão do STF na ADIN sobre o Artigo 36 da Lei sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação
Palestrante: Dra. Maria Luiza Werneck - Procuradora do Estado do Rio de Janeiro; Mestre em Direito Civil - PUC/SP; Pós-graduada em Gestão Ambiental - COPPE/RJ; Sócia do escritório Werneck, Tabet & Noce Advogados; Advogada da CNI, Especialista em Meio Ambiente; foi Advogada Senior do BNDES no período de 1974 a 1992.
Debatedores:
Dra. Yara Maria Gomide Gouvêa
12h30 - Almoço

14h00 - Painel IV - Termo de Ajuste de Conduta: um instrumento de conservação e recuperação do meio ambiente - compensações ambientais vinculadas ao TAC
Palestrante: Dr. Daniel Fink - Procurador de Justiça; Membro da Procuradoria de Justiça de Interesses Difusos e Coletivos; Representante do Ministério Público na Câmara Especial de Meio Ambiente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo; Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo - 1.983; Mestre em Saúde Ambiental pela Universidade de São Paulo - FSP/USP; Professor da disciplina de Direito Ambiental e do Consumidor da Faculdade de Direito do Centro Universitário UNIFMU; Professor de Direito Ambiental nos cursos de pós-graduação lato senso do Centro Universitário UNIFMU; Professor da Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão - COGEAE/PUC-SP, Curso de Especialização em Direito Ambiental; Professor da Escola Superior do Ministério Público do Estado de São Paulo; Professor da Escola Superior de Advocacia - OAB/SP - Curso de Introdução ao Direito Ambiental; Professor da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, entre outros.
Debatedores:
Dra. Renata Pires Castanho Checchinato - Advogada, com atuação exclusiva na área de Direito Ambiental, há 10 anos; Graduada pela Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC-SP, com especialização em Interesses Difusos; Especialista em Gestão Ambiental pela Faculdade de Saúde Pública, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e o Núcleo de Informações em Saúde Ambiental - NISAM, da Universidade de São Paulo - USP (2002); Mestranda em Direito Processual Civil pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco da Universidade de São Paulo/USP; Docente na disciplina “Direito Ambiental”, dos Cursos de Pós-graduação lato sensu em Gestão Ambiental, promovidos pela FAAP, FEI, SENAC/SP, FIA, dentre outros; Tem proferido palestras e publicado artigos na área de Meio Ambiente.
15h00 - Coffee break
15h30 - Painel V - Entraves técnicos e jurídicos - a Compensação Ambiental, uma ferramenta efetiva
Palestrante: Dra. Ana Cristina Pasini da Costa
Debatedores:

André Rebouças - Arcadis
16h30 - Painel VI - Encerramento - discussão do documento: "Subsídios para um Projeto de Lei de Compensações Ambientais no Brasil"
17h30 - Encerramento

Data: 28 de agosto de 2008
Local: The Universe Flat - Rua do Pamplona, 83 - Bela Vista
• Próximo à estação Trianon/Masp do Metrô
Mais informações e inscrições:
Tels. (11) 3917-2878 / 0800 77 01 449
E-mail: rmai.eventos@uol.com.br
Site: www.meioambienteindustrial.com.br